quinta-feira, 6 de setembro de 2012




- Eu não estou bem. - Disse ela por fim com olhos cheios de lágrimas.
- O que houve contigo? - Ela era a mulher mais forte que eu já havia conhecido em toda a minha vida.
- Tudo que eu acreditava se rompeu. - Esperava que no fundo, ela não acreditasse que eu amava-a.
- No que acreditava? - Não diga em mim, não diga…
- Nas pessoas, e nos sentimentos que elas juravam que sentiam… Tola. - Ela abaixou os olhos, eu nunca havia visto ela daquele jeito, triste. Eu mal sabia o que dizer para alegra-la.
- Não é tola. - Toquei seu rosto, e sequei uma lágrima que estava descendo por ele. - É humana. - Eu queria consola-la, cuidar dela, mas nada consegui a não ser daquelas meras palavras, o tolo ali seria eu não ela.
Ela levantou os calmos olhos, e secou-os. Pegou uma de minhas mãos, e olhou em meus olhos. Parecia que ela me entendia, lia meu subconsciente, entendi mais de meu peito, do que eu próprio.
- Você é confuso. - Por que esta estaria dizendo aquilo? Meu coração acelerou.
- Po porque? - Gaguejei.
Ela sorriu. E isso me fez soar.
- Por que moça?
- Em um minuto, eu acho que te entendo, que sei tudo sobre você. - Ela pausou a fala e soltou minhas mãos, gelei. - E em outro, é como se tudo que eu soubesse sobre você, fosse uma farsa.
- E o que sabe sobre mim? - Eu realmente estava interessado.
- Você é o tipo de garoto, pelo qual qualquer menina se apaixonaria.. Menos eu, claro. - Ela sorriu.
- Por que você seria diferente? - Fixei-a.
- Sempre fui, nunca notou? - Ar de ironia tomou conta.
- E em outros momentos, o que acha sobre mim? - Ela sorria.
- É carinhoso, atencioso, e por alguns segundos penso como seria se estivesse se apaixonando por mim. - Ela ria.
- E se eu estivesse, o que faria?
- Corresponderia-o, é claro. - Sorriu.
- E se eu disser que… - Abaixei os olhos.
- Disser o que ? - Ela esperava algo, mas de minha boca, nada saía.
- Que te amo. - Pausei. - Que sempre te amei. - Olhei-a. - Que seu sorriso me encanta, e seus olhos me rompem. 
- Sei quando esta mentindo. - Ela olhou-me fixamente.
- Não estou mentindo, moça. - Segurei sua mão e me aproximei.
- Eu não disse que estava, não é mesmo? - Ela se aproximou.
- Então, acredita em mim? - Ela aproximou seus lábios dos meus. Eu sabia que sim, ate antes dela fazer que sim com a cabeça antes de dar-me seu beijo mais doce.
Ingrid Forato.


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